Língua Afiada 0
Olá a todos, camaradas, amigos e palhaços ( esta parte dos palhaços eu já explico ), aproveitando o nosso querido blog e fazendo força para que isto não se torne só num painel cultural, achei por bem criar um tipo de crónica semanal, o que vai bem, o que vai mal, enfim, tudo o que achar que deva ser contado e recontado, mas é claro que tamanha oferta teria que ter um senão, a minha língua afiada e o meu atrevimento, agarrem se bem...
Esta semana vou começar pelo que vai mal, sabendo eu por fonte segura que a direcção da instituição foi informada oficialmente pela associação de estudantes, das datas e actividades da semana de recepção ao caloiro, por que carga de água é que um professor se dirigiu a um pequeno grupo de alunos do 2º ano e se insurgiu de forma não muito correcta, ou diria mesmo com alguma falta de respeito, pelo simples motivo de nós 2º ano, não termos avisado o professor que não iríamos á aula. Querem ver que eu agora tenho de avisar quando vou faltar?... Eh Eh Eh, deixem-me rir um bocadinho... Mas voltando ao assunto, este episódio deixou-me dúvidas, os professores não reúnem periodicamente para planear aulas? Não houve sempre uma semana de recepção ao caloiro? Se o professor não tiver alunos para dar aula não é remunerado?( ... bem, neste ponto ouvi dizer que mesmo com alunos a coisa não é famosa, mas isso são lutas pra outros guerreiros...) Agora ao contrário as coisas não são bem assim, ou pelo menos não deveriam, os 2700€ que pago anualmente é que me deveriam dar direito a que professores se justificassem pelas faltas que dão... Afinal de contas fornecem o produto que comprei... mas pronto, depois tem sempre a autoridade para marcar aulas nos dias e horas que lhes dão jeito e se o aluno não puder, paciência... sim, aconteceu-me no ano passado...
Mas continuando no que vai mal... Caros colegas? Alguém já parou para pensar no que está escrito no 1º parágrafo do programa da cadeira de HTA2:
“Considerando que não fazia sentido, e resultante das alterações estruturais da licenciatura, voltar a tratar no âmbito desta disciplina o que no anterior ano foi tratado em Teoria e Historia da Arquitectura 1, considerou-se puder fazer um ano diferente e colocasse um conjunto de temas contemporâneos á discussão.”
Então mas... Isto é assim? Quer dizer, segundo eu percebi, este ano com Bolonha deveria estar a levar com matéria que já dei o ano passado, mas como não faz sentido arranja-se uma maneira engenhosa de arranjar um conteúdo á pressão para tapar o buraco, é isso? Qual seria a outra opção? Dar o programa repetido do ano passado? Na prática é como pagar a cadeira 2 vezes não é? Acho que se anda a brincar com coisas sérias, se entrar em Bolonha implica a alteração de estrutura, e se dessa alteração implica não ter programa para o 2 ano, então só posso concluir que o correcto seria tirar a cadeira este ano e devolver as propinas correspondentes a essa cadeira. Colegas... ainda outra pergunta... então e se não conseguir passar a esta cadeira? È justo? Então e se a fizer pró ano? É com o programa que já dei no 1º ano? Sim porque pró ano o programa que demos no nosso 1º ano será o programa oficial do 2º.... então mas eu já passei... Pensem nisto...
Passo então para a parte do que não vai bem nem vai mal, resultante desta complicada solução para o programa de THA2, o que vos parece as novas aulas?...
No que toca a mim não me convenceu, acho pesadas de mais, levar discussões para uma aula é um risco, risco de não se conseguir tomar o pulso da coisa... quando as aulas terminam fico com a sensação de que já poderia estar a almoçar á 2 horas... bem tento entrar no debate mas chego a uma altura em que já nem me lembro do inicio do debate ou, se estou no mesmo debate... e eu que pensava que com Bolonha, o programa do curso mudava para a vertente mais prática da profissão, uma maior preparação dos alunos para o mundo do trabalho, em vez disso somos massacrados com exigentes trabalhos escritos que no fim de contas não nos vão valer de nada... pois... pois... agora vão me dizer que ficamos mais cultos, que somos da elite, tretas, tretas, tretas... mas enfim, isso é como tudo, eu também não gosto de pagar portagens e tenho de as pagar, eu também não gosto de certas cadeiras, mas para ser um Arquitecto tenho das gramar.... eu cá estarei...
Finalmente o que vai bem, o bom fica sempre pró fim, não é assim?, é com enorme pena que nos despedimos de mais uma semana de praxes, para mim resumia tudo a poucas palavras, Jantar, Amigos,Tuna, Alegria, Sangria, Ressaca e Fantástico.
E como sou uma pessoa muito optimista, tiro sempre uma coisa boa de tudo, foi pena as praxes não terem corrido tão bem, mas meus amigos, se a vossa base de comparação são os alunos que foram praxados no ano passado, o resultado só poderia dar nisso, turma como a de 2005 não há... Sem dúvida nenhuma a melhor da nossa escola, uns verdadeiros palhaços (lembram-se da introdução) sim, porque aos olhos de alguns iluminados bem próximos de nós, quem gosta das praxes é palhaço, e quem usa traje, está fardado, e esta semana é um circo... pois eu só tenho a dizer que sou um grande palhaço e que na 5ª á noite até com o nariz vermelho fiquei, e VIVAM AS PRAXES, A TUNA E A UNIVERSIDADE MODERNA ( de Setúbal é claro... )
E para finalizar.....
--- O CONTADOR DA SEMANA---
O QUE VAI MAL ----------------------------- 15%
O QUE NÂO VAI MAL NEM BEM ------------ 5%
Esta semana vou começar pelo que vai mal, sabendo eu por fonte segura que a direcção da instituição foi informada oficialmente pela associação de estudantes, das datas e actividades da semana de recepção ao caloiro, por que carga de água é que um professor se dirigiu a um pequeno grupo de alunos do 2º ano e se insurgiu de forma não muito correcta, ou diria mesmo com alguma falta de respeito, pelo simples motivo de nós 2º ano, não termos avisado o professor que não iríamos á aula. Querem ver que eu agora tenho de avisar quando vou faltar?... Eh Eh Eh, deixem-me rir um bocadinho... Mas voltando ao assunto, este episódio deixou-me dúvidas, os professores não reúnem periodicamente para planear aulas? Não houve sempre uma semana de recepção ao caloiro? Se o professor não tiver alunos para dar aula não é remunerado?( ... bem, neste ponto ouvi dizer que mesmo com alunos a coisa não é famosa, mas isso são lutas pra outros guerreiros...) Agora ao contrário as coisas não são bem assim, ou pelo menos não deveriam, os 2700€ que pago anualmente é que me deveriam dar direito a que professores se justificassem pelas faltas que dão... Afinal de contas fornecem o produto que comprei... mas pronto, depois tem sempre a autoridade para marcar aulas nos dias e horas que lhes dão jeito e se o aluno não puder, paciência... sim, aconteceu-me no ano passado...
Mas continuando no que vai mal... Caros colegas? Alguém já parou para pensar no que está escrito no 1º parágrafo do programa da cadeira de HTA2:
“Considerando que não fazia sentido, e resultante das alterações estruturais da licenciatura, voltar a tratar no âmbito desta disciplina o que no anterior ano foi tratado em Teoria e Historia da Arquitectura 1, considerou-se puder fazer um ano diferente e colocasse um conjunto de temas contemporâneos á discussão.”
Então mas... Isto é assim? Quer dizer, segundo eu percebi, este ano com Bolonha deveria estar a levar com matéria que já dei o ano passado, mas como não faz sentido arranja-se uma maneira engenhosa de arranjar um conteúdo á pressão para tapar o buraco, é isso? Qual seria a outra opção? Dar o programa repetido do ano passado? Na prática é como pagar a cadeira 2 vezes não é? Acho que se anda a brincar com coisas sérias, se entrar em Bolonha implica a alteração de estrutura, e se dessa alteração implica não ter programa para o 2 ano, então só posso concluir que o correcto seria tirar a cadeira este ano e devolver as propinas correspondentes a essa cadeira. Colegas... ainda outra pergunta... então e se não conseguir passar a esta cadeira? È justo? Então e se a fizer pró ano? É com o programa que já dei no 1º ano? Sim porque pró ano o programa que demos no nosso 1º ano será o programa oficial do 2º.... então mas eu já passei... Pensem nisto...
Passo então para a parte do que não vai bem nem vai mal, resultante desta complicada solução para o programa de THA2, o que vos parece as novas aulas?...
No que toca a mim não me convenceu, acho pesadas de mais, levar discussões para uma aula é um risco, risco de não se conseguir tomar o pulso da coisa... quando as aulas terminam fico com a sensação de que já poderia estar a almoçar á 2 horas... bem tento entrar no debate mas chego a uma altura em que já nem me lembro do inicio do debate ou, se estou no mesmo debate... e eu que pensava que com Bolonha, o programa do curso mudava para a vertente mais prática da profissão, uma maior preparação dos alunos para o mundo do trabalho, em vez disso somos massacrados com exigentes trabalhos escritos que no fim de contas não nos vão valer de nada... pois... pois... agora vão me dizer que ficamos mais cultos, que somos da elite, tretas, tretas, tretas... mas enfim, isso é como tudo, eu também não gosto de pagar portagens e tenho de as pagar, eu também não gosto de certas cadeiras, mas para ser um Arquitecto tenho das gramar.... eu cá estarei...
Finalmente o que vai bem, o bom fica sempre pró fim, não é assim?, é com enorme pena que nos despedimos de mais uma semana de praxes, para mim resumia tudo a poucas palavras, Jantar, Amigos,Tuna, Alegria, Sangria, Ressaca e Fantástico.
E como sou uma pessoa muito optimista, tiro sempre uma coisa boa de tudo, foi pena as praxes não terem corrido tão bem, mas meus amigos, se a vossa base de comparação são os alunos que foram praxados no ano passado, o resultado só poderia dar nisso, turma como a de 2005 não há... Sem dúvida nenhuma a melhor da nossa escola, uns verdadeiros palhaços (lembram-se da introdução) sim, porque aos olhos de alguns iluminados bem próximos de nós, quem gosta das praxes é palhaço, e quem usa traje, está fardado, e esta semana é um circo... pois eu só tenho a dizer que sou um grande palhaço e que na 5ª á noite até com o nariz vermelho fiquei, e VIVAM AS PRAXES, A TUNA E A UNIVERSIDADE MODERNA ( de Setúbal é claro... )
E para finalizar.....
--- O CONTADOR DA SEMANA---
O QUE VAI MAL ----------------------------- 15%
O QUE NÂO VAI MAL NEM BEM ------------ 5%
O QUE VAI BEM ----------------------------- 80%
11/11/06 21:52
Gostei imenso desta nova vertente do blog... o que vai bem e mal...e esta semana foi fértil em acontecimentos que mereciam referencia! Ja agora lanço a pergunta: ja repararam nos preços do bar da escola?...pois, pois...era do tempo que dois euros chegavam para um pequeno almoço ( 1 galão- 0.80 e 1 sandes mista 1.60)...enfim!
para terminar, dou os meus parabens ao Zé pela cririca semanal- 5estrelas! Sinto-me um palhaço orgulhoso ;-)
11/11/06 23:53
Miguel, amigo palhaço, obrigado pelas tuas palavras, e fizes-te bem em tocar no assunto do bar da escola, prometo incluir esse tema na proxima semana, bem observado...
12/11/06 16:00
Penso que há assuntos que devias discutir com as pessoas em questão, e não lançar discussões pelo blog... São assuntos internos que não é prudente divulgar, nem que seja pelo bom nome das pessoas em causa.
12/11/06 17:12
Pessoas em questão? Quem?
Lançar discussões? eu não discuto, argumentei...
Assuntos internos que não é prudente divulgar? porque?
...bom nome das pessoas em causa? que tal ler o texto novamente?
Não sei qual dos comentários é mais inutil, se o seu ou este que escrevi agora...
12/11/06 19:22
Tens todo o direito em apagar o comentário se quiseres, até porque és o admnistrador do blog. Só acho que, se tens tantas dúvidas em relação
á disciplina e ao programa da mesma, porque não falas com o professor em questão? Ou com o director do curso? Ou com os dois ao mesmo tempo?
Amanhã até te posso dizer mais umas, enquanto te ponho de 4, pra te explicar mais algumas confusões que andam nessa cabeça. :P
12/11/06 21:02
Neste blog não se apagam comentários, e ser admistrador não me dá esse direito porque o blog não é meu, é da turma, certo? tu deves ser um veterano muito duhhh!!!... e deixa-me que te diga que postar comentários com niks é muita piroso... :)
12/11/06 21:08
Pá!!! só tenho este nick, porque na me apetece tar a mudar... e tu pareces uma pitosca :P
12/11/06 21:21
ahahahahah... essa da pitosca denunciou-te, agora os teus comentários já fazem sentido... espertalhão!...
13/11/06 16:31
Caríssimo Zé Maria.
Parece-me que a ressaca das praxes é mesmo das pesadas!
É que a formação ética de um arquitecto também é matéria para ser ministrada na universidade. Nesse sentido, não posso deixar de considerar desadequado o comentário apresentado, pelo menos na forma, para não falar no que desconheço! Sem querer limitar o espírito crítico, que é sempre interessante para estes espaços, parecia-me muito interessante que a energia que aparentemente consumiu nas praxes fosse transportada para uma participação efectiva nas aulas, o lugar certo para colocar as suas criticas directamente a quem de direito, com educação e elevação!
13/11/06 18:43
Bem...a polémica instalou-se!!!!
Acho que a situação negativa à qual te referes, falo do comentário acerca das praxes, foi um pouco desagradavel para nós alunos. Tivemos uma semana fantástica, divertimo-nos todos e o objectivo penso que foi cumprido...mostrar aos alunos recém chegados que a Universidade Moderna e os alunos já cá plantados os acolhiam com todo o prazer.Não posso concordar com a questão das aulas-debate. Penso que são uma forma de abrir-mos o pensamento,apelam ao sentido critico e às opiniões de cada um o que a meu ver faz falta aos Homens de hoje, saber criticar.Nós como futuros arquitectos não nos podemos limitar a ler um manual de História da Arte, há que debater os porquês da Arte.
Já agora pensa no que achas que faz mais sentido: Uma frequência com 4perguntas acerca de meses a fio de matéria? ou um trabalho global em que abordas todos os temas leccionados?
Nem tudo vai mal Zé...
13/11/06 22:43
Bom...isto ta mesmo ao rubro
Li com atençao o texto, penso que acima de tudo, é importante a opiniao dos alunos nas aulas, entender sempre o que nos rodeia no mundo hoje. Penso que não é so aos homens que faz falta uma consciencia critica, sera na generalidade das pessoas, formar uma opiniao, saber argumentar, fundamentando sempre o que se diz, acima de tudo respeitando a opiniao de cada um, e tirar disso o partido necessario....
Quanto as praxes, nao comento, refiro o bom espirito da Tuna e de os demais que se juntaram nas festas,enfim toda agente,mas concordo contigo Ze quando "alguns" intitulam tudo aquilo como "palhaçada",com ou sem titulos injuriosos, tudo acontece, e la estaremos sempre a festejar, como manda a p*** da sapatilha e o c***** do figurino.
A todos um bom Ano!
14/11/06 02:36
Bem... estou surpreendido...
Acho importante primeiro que tudo esclarecer alguns pontos, li e reli várias vezes o texto e não consigo encontrar nada que me leve a pensar que fui incorrecto ou mal educado com alguém que fosse, e não posso aceitar ser censurado por isso.
Os pontos principais que coloquei no texto foram, um professor que num dia mau teve uma atitude menos correcta com os alunos e que por questões obvias o nome não foi revelado, uma alteração ao programa de uma cadeira do 2º ano, uma opinião pessoal acompanhada de desafio para criticas em relação as novas aulas de HTA, e uma critica a quem apelida de palhaços quem gosta das tradições académicas. Então mas afinal para que serve este blog? Para afixação de cartazes de espectáculos? Muito honestamente, o texto cumpriu o objectivo, colocar a pequena comunidade do 2º ano, e não só, a escrever, como a revelar os seus pontos de vista de temas que para uns são muito chocantes e pouco morais, mas que realmente são factos. Agora a minha dúvida é... Será mesmo o local errado? Serão assuntos que tenham que ser obrigatoriamente discutidos na sala de aula?...isso não será um falso moralismo?
Hoje durante o dia disseram-me várias vezes que a professora de HTA não haveria de ter achado muita piada ao texto... isso para mim é ridículo, não fará falta a quem lecciona, saber as opniões dos alunos? Eu penso que faz mas a minha opinião vale o que vale...
Entristece-me assistir constantemente a lamentos e criticas de alunos, mas que só são feitos em voz baixa e pelos corredores, ainda hoje ouvi uma colega dizer-me que tinha gostado muito do texto, e quando lhe disse que comenta-se, respondeu-me...EEEUU?????, parar quê? Eu preciso de passar a isso pá!!! E é isto que realmente se passa, uma atitude generalizada de medo de represálias por se falar...
È ridículo ou não é?
Mas no entanto, em relação ás aulas de HTA, consegui ouvir uma opinião de grande maioria da turma, e o balanço que faço é que realmente a opção encontrada é a melhor, que a ideia de levar discussões para a aula é interessante, faz falta e agrada a forma de avaliação, ou seja, a maioria tem uma opinião completamente contrária á minha e a professora acertou quando arriscou... melhor assim.... tudo isto vem um pouco de encontro com o comentário da Claudia, que para mim é um comentário bem fundamentado...
Quanto ao comentário do Sspencer admito que me custa um pouco a aceitar, e não concordo com uma única palavra, não me leve a mal mas acredito que prefira a minha sinceridade, mas no entanto temo não ter conseguido fazer uma interpretação fiel e correcta, fica a dúvida...
Vou dissecar o comentário... e fazer a critica da critica...
“Parece-me que a ressaca das praxes é mesmo das pesadas!”
- Hummm!!! Não comento...
“É que a formação ética de um arquitecto também é matéria para ser ministrada na universidade.”
- Concordo e foi precisamente um Arquitecto que ministra na universidade que foi desagradável comigo e com outros...
“Sem querer limitar o espírito crítico, que é sempre interessante para estes espaços,”
- Ok, está certo... mas o limite existe, falta é saber onde fica essa linha, e se realmente na prática eu a transpus...
“parecia-me muito interessante que a energia que aparentemente consumiu nas praxes fosse transportada para uma participação efectiva nas aulas, o lugar certo para colocar as suas criticas directamente a quem de direito, com educação e elevação!”
- Ora é precisamente neste ponto que temo não ter percebido bem, porque foi nesse lugar certo que já por várias vezes tentei explicar e pedir explicações do porquê de um aluno trabalhador estudante não puder ter acesso ao estatuto que é dele por direito, quando a pergunta é feita á instituição, a resposta é clara: Os alunos com estatuto de trabalhador estudante não estão dependentes de um numero mínimo de aulas para aproveitamento escolar. ...mas eu não vou por ai, até porque concordo que não se possa pensar sequer em fazer uma cadeira prática como por exemplo Projecto sem haver presença física nas aulas, mas se as coisas são como são, o que é que eu posso fazer? Desistir? Neste momento, ao mesmo tempo que escrevo este comentário estou a assegurar o meu turno de trabalho que começou ás 00h e que vai até ás 08h, e não sei se estarei em condições físicas de fazer 50km até á escola e ter aproveitamento nas aulas, mas como não tenho pais ricos nem ganhei a lotaria, que remédio tenho eu senão fazer o curso desta maneira, no entanto sinto-me motivado, não deixei cadeiras em atraso, e acredito no meu valor e que realmente ainda me sinto com forças para continuar, o que eu não consigo é afirmar que passarei sempre a tudo, mas tento... lá isso tento. E tudo isto para dizer que a minha participação efectiva nas aulas não é uma opção, tudo isto passa por uma gestão muito delicada de vontades e aceitar uma das bases da minha educação, aceitar o que tenho e aceitar as consequências dos meus actos. ( ahh... e não é que seja importante, mas durante a semana apenas consumi energias na 5ª á noite...)
Colocar criticas a quem de direito directamente sempre foi prática corrente, é, e será sempre... a parte da educação e elevação... não compreendo, e não aceito por ser um valor fundamental para mim e quem me conhece sabe do que estou a falar...
Caro patrão, bem vindo ao blog, gostei do teu comentário...
Em modo conclusivo fico na dúvida se será boa ideia continuar a crónica para a semana que vem, gostava, até porque há tanta coisa boa para dizer ainda...
14/11/06 09:25
Caro Zé Maria:
Para ser mais claro quanto à questão da ética:
Os seus 2700€ não compraram “produto” nenhum! Você é avaliado pela sua participação efectiva nas aulas e pela qualidade do trabalho apresentado, tal como qualquer aluno do ensino oficial. Quanto a eventuais faltas que ocorram por parte dos professores, você como trabalhador/estudante que é deveria saber que esse é um direito de qualquer trabalhador, desde que devidamente justificado. Mais uma vez não são os seus 2700€ que vão alienar esse direito!
Para ser mais claro quanto à questão dos limites da crítica:
O que ficou acima dito, esclarece sobre limites que não deveriam ser ultrapassados. Isto não implica que este blog deixe de ser polémico, desde que com elevação!
Quanto ao comentário da ressaca e frequência ás aulas:
Peço desculpa se não consegui ser “bué” d’engraçado, mas esclareço que na 6ª feira passada, dia de aulas, após terminadas as praxes, estavam 4 alunos na aula. Não reclamei, não reclamo e confesso que aula foi bem agradável apesar da escassa frequência.
Quanto a outros comentários que não me dizem respeito, creio que vai aí uma grande confusão na sua cabeça!
14/11/06 20:35
Quando me referi aos 2700€ pagos por um produto, referi-me num contexto específico certo? E sim, paguei um produto, isto não passa de uma vulgar transacção comercial entre os alunos e a instituição, em troca do valor das propinas a instituição compromete-se em proporcionar um ensino de qualidade e adequado aos seu alunos inscritos. E até vou mais longe, os dados que estão na síntese do plano de estudos indicam que no total serão 4183 horas de contacto, ou seja 4183 horas de aulas efectivas. Se assim é, quando um professor falta o numero total desce, certo? E então existe um incumprimento ou não? A meu ver do professor com a instituição e da instituição com os alunos inscritos.
Agora é evidente que os professores tem os mesmos direitos que os outros trabalhadores, inclusive o direito à falta como é obvio… mas quando isso acontece o prejudicado é sempre o mesmo, o aluno…
No ano passado, isso aconteceu, infelizmente com alguma frequência, e isso teve repercussões significativas no normal cumprimento dos programas de algumas cadeiras e adivinhem lá quem ficou a perder… os alunos é claro… é que paguei a totalidade da propina anual (mais uns trocos por multas por pagamento fora do prazo, pois porque não cumpri com a instituição e paguei por isso, o que me dá uma ideia de “sentido único”) e não tive acesso ao numero previsto no plano de aulas efectivas. Fica aqui a explicação do porque ter invocado no texto este assunto.
Tá visto que terei de fazer deste exercício de projecto o novo premio Valbom para me safar com um 11, e a HTA nem faço ideia… no segundo semestre devo estar a fazer estática e pouco mais…
Sspencer, excelentes posts, os de hoje, nota-se ai um humor “elevado”, pessoalmente gostei muito… tudo isto com muito Fair Play é claro já que me pareceram ambos dedicados aos últimos acontecimentos… muito bem…
15/11/06 02:25
Olá a todos os que fazem parte da turma de Arquitectura 2005, foi um pouco sem querer que cai aqui neste recente blog, que imediatamente me aguçou o apetite pela fantástica ideia de ser um blog de uma turma, os meus sinceros parabéns.
Mas o que me levou a criar um comentário foi mesmo este assunto que ao que parece se tornou um tanto ou quanto delicado, antes demais deixem-me cumprimentar o autor da crónica, José Maria a sua atitude fez-me relembrar o passado e como já fui estudante e hoje sou professor sei como se deve estar a sentir depois disto, não desanime, eu li o seu texto com muita atenção e depois os comentários, e admiro a sua postura em responder adequadamente a cada “farpa” que lhe foi atirada.
Mas vamos ao centro da questão, e agora dirigindo-me a todos, o que mais me salta à vista na escrita do José, é um querer legitimo de provocar nos colegas, o sentido critico, e isso não só é de louvar, como deve ser incentivado pelo corpo docente que acompanha o José. Como professor que sou, incentivo os meus alunos a serem curiosos, e a questionar certezas, e confesso que por vezes fico contente quando não estou à altura de responder a uma questão. Defendo que os Professores devem e podem ser avaliados pelos alunos e todos aqueles que se recusam a ser avaliados, devem por coerência intelectual, recusar-se a avaliar, e posto isto, não serem professores.
É dever do professor, desenvolver o espírito critico dos alunos e isso é incompatível com a imposição de obstáculos ao dialogo, e ao que posso deduzir daqui, é que existem alguns obstáculos que o José tentou ultrapassar da maneira que achou mais correcta, e a meu ver que estou de fora, não consigo perceber onde é que o José possa ter errado.
Partilho inteiramente da opinião do José quando diz que se sente triste ao ver os colegas com medo de represálias por parte dos professores, essa é uma atitude enraizada na mente dos alunos que os acompanha desde talvez o ciclo preparatório, onde aprenderam a não confrontar o professor.
Será realmente pouco ético dizer que os 2700€ pagam o “Produto”, o José tem toda a razão no que diz no comentário em cima, há que exigir qualidade no ensino, e essa luta pela qualidade de ensino deve ser uma prioridade.
José, calculo que ainda seja bastante jovem, eu como professor já ouvi algumas vezes pessoas que me disseram que queriam ter sido meus alunos e eu digo-lhe que gostaria muito de ter sido seu professor, agrada-me saber que existem alunos assim, que não vêem o mal onde realmente ele não existe, que encaram as dificuldades próprias de quem não se conforma e busca o melhor, não pense que alguma coisa vai mudar, terá que ser você e outros alunos a ser mais exigentes e reivindicativos, a exigir mais qualidade, em vez de menos propinas.
Não se deixe intimidar e continue a escrever, se não for aqui, que compreendo perfeitamente que não se sinta agora muito a vontade, que seja noutro sitio, já pensou em criar um blog só seu?
Desculpem a minha intromissão no vosso blog, mas gostei do que li, gostei do vosso blog, excelente em qualidade humana, e passarei por aqui mais vezes.
Cumprimentos,
S.Cordeiro
15/11/06 09:36
Caro Blogger e colega S. Cordeiro
Bem-vindo a este Blog, que se torna certamente mais interessante com participações e opiniões de pessoas de fora que abram o leque de discussões aqui apresentadas.
Quanto aos seus comentários não podia estar mais de acordo, e foi de facto no sentido de desenvolver o espírito crítico e de debate que no primeiro dia de aulas, incentivei os alunos a criar este blog, no qual tenho participado activamente. Nesse sentido promovemos também na turma, a par dos trabalhos práticos, trabalhos teóricos de debate e critica sobre cultura, arte e sociedade com temas propostos pelos alunos.
Creio que nenhum dos comentários do aluno José Maria me foram dirigidos, mas como professor que sou, não posso deixar de estabelecer com clareza que pelo facto de os alunos frequentarem uma universidade privada e por isso pagarem um prestação mensal, não podem ter a ilusão de que isso implica alguma relação diferenciada ao nível de relacionamento com os professores, ou ao nível da sua avaliação. Podem e devem como qualquer aluno do ensino oficial exigir um ensino de qualidade. Como professor que é, creio que será sensível a estes argumentos.
Quanto ao espírito crítico do aluno José Maria, é bem-vindo. A questão neste caso particular é que ele tem que deixar de ser um “Avatar”, personagem virtual apenas contactável no mundo virtual da Internet, pois após um mês de aulas apenas compareceu na 1ª aula de projecto.
…Já agora Zé Maria, vê lá se acertas os teus turnos para começares a aparecer nas aulas. Em alternativa podemos montar um sistema de vídeo-conferência, para que a tua participação não se torne numa espécie de curso por correspondência…e comprado! Quanto aos 11 valores pelo prémio “Valbom”, já sabes que te prometi mais um valor de bónus pela criação do blog e se o trabalho for ao nível de um prémio “Valmor” e não “Valbom” ainda levas outro de bónus!
15/11/06 09:52
Re-li o último comentário do colega Cordeiro e queria acrescentar o seguinte comentário dirigido ao Zé Maria: Vais “saneado” se criares um blog só teu! Agora que isto está a ficar animado? Espero é que a participação seja mais colectiva, com temas mais abrangentes, claro que culturais também e não só para tricas e polémicas de corredores, ao “cheiro” de sangue tipo Jornal da TVI ou Correio da Manhã. Daí apelar ao sentido de elevação.
16/11/06 02:14
Professor Cordeiro, seja bem vindo a esta pequena comunidade e muito obrigado por nos ter feito tamanha oferta, que comentário fantástico!! escusado será dizer que fiquei bastante contente com as palarvras que me são dirigidas, fez-me sentir que não estou sozinho nesta canoa... mais uma vez obrigado.
Prfessor Spencer, eu tinha a certeza que começava por VAL, que vergonha, mas a evolução é boa, já que no inicio do ano passado nem sabia quem tinha sido F.L.Wright...
E o professor tem sido injusto, aluno virtual o tanas... tenho ido ás aulas de projecto sim, ás sextas é que não tem calhado... e isso até devia de ser proibido, sexta devia ser o dia do gurosan. e até que não é uma má ideia, já que pago o produto vou exigir a abolição de aulas á sexta... mai nada!!! (ironia do catano esta!...)
Quanto ao caroço do assunto, não tenho mais népia a dizer, agora é como fazer uma corrida com oleo na pista...
Eu não faço mais blog nenhum, se escrever, escrevo neste e concordo que a participação devia ser mais colectiva, mas o que é que eu posso fazer? estes caramelos não alinham na coisa... bahhhh!!! admito que este post seja uma trica, mas teve com este 19 comentários e outro que em tempos postei tambem, o do técnico Artista só teve 7 comentários... tenho dito...
PS: Eu gosto muito da TVI, dos morangos com açucar, tambem gosto da Floribela mas por vezes noto que ainda não é para a minha idade, não percebo certas coisas...