Somos os piorzinhos... sábado, julho 7 | By: ZReis |
Ao contrário do que acontece nalguns países, em Portugal, e à excepção de alguns cursos de algumas universidades, o ensino superior privado nunca se distinguiu pela sua qualidade. O tira-teimas foi feito pelo Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior (CNAVES) que identificou numerosas insuficiências concentradas sobretudo no ensino privado. Outro estudo deste organismo incidiu concretamente nos cursos de engenharia civil, e mais uma vez as universidades privadas aparecem no fundo da tabela da qualidade.
Nos últimos quatro anos, mais de duas dezenas de cursos superiores receberam do Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior (CNAVES) uma classificação «insuficiente» em diversos itens, escreve o Diário Económico. A maioria das notas negativas diz respeito a cursos das privadas, com a Universidade Moderna à cabeça, mas também há casos nas públicas (ver em baixo quadro 1)
Apesar de haver «reduzidas perspectivas de recuperação imediata», o Governo mantém esses cursos e argumenta que os relatórios não recomendam o encerramento dos cursos nem das instituições.
Entre as licenciaturas com má avaliação em 2003/2004 e 2004/2005, refere o Diário Económico, as da Moderna aparecem no topo: Em seis cursos dos diferentes pólos da instituição foram detectadas várias irregularidades, num total de 50 «insuficientes».
Por exemplo, a licenciatura de Direito da Moderna do Porto, entretanto adquirida pela Lusófona, é classificada com nota «insuficiente» em oito campos de avaliação e a de Sociologia do Porto e Beja, têm graves deficiências em 11 e 12 pontos, respectivamente.
A nível das universidades privadas a Internacional aparece como a segunda pior (com 30 insuficientes), de acordo com o CNAVES, seguida da Lusófona (12 insuficientes) e depois da Independente (11 insuficientes).
Quanto às instituições públicas, os dados divulgados pelo Diário Económico revelam que o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) merece nota negativa em nove indicadores de dois dos seus cursos.
Mas o que significa uma nota insuficiente? Segundo o CNAVES, corresponde a «graves deficiências, algumas de natureza estrutural, com reduzidas perspectivas de recuperação imediata».
Outro estudo, publicado no Expresso, revela o ranking dos cursos de Engenharia Civil em Portugal. O «ranking» foi elaborado pela Comissão de Avaliação Externa dos Cursos de Engenharia Civil e de Minas, no âmbito do Conselho de Avaliação do Ensino Superior Universitário (CNAVES) e mostra que os cursos da Universidade Moderna e Independente são os dois piores classificados, ambos com nota negativa (ver abaixo o quadro 2).Apesar desta avaliação se referir ao ano-lectivo de 2001-2002 e aos cinco anos precedentes, é a mais recente e só não foi divulgada antes por divergências dentro do CNAVES, pois alguns membros entendem que não deve ser um organismo oficial a hierarquizar os cursos
O «ranking» mostra uma clara supremacia das universidades públicas, estando as quatro privadas estão no fundo da tabela.
Entre os 12 campos avaliados estão o ambiente na escola, a forma de selecção dos candidatos, objectivos e planos de estudos, processo de ensino-aprendizagem, regimes de frequência e avaliação, qualidade do corpo docente, instalações e equipamentos, ou integração dos licenciados no mercado de trabalho.
Do «ranking» resulta uma relação directa entre a nota de entrada dos alunos e a avaliação do curso. Por exemplo, a nota mínima na Moderna e na Independente (média ao longo de seis anos) é de 6 valores. No topo, estão Engenharia do Porto (14,87) e Técnico (14,95).
Nos últimos quatro anos, mais de duas dezenas de cursos superiores receberam do Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior (CNAVES) uma classificação «insuficiente» em diversos itens, escreve o Diário Económico. A maioria das notas negativas diz respeito a cursos das privadas, com a Universidade Moderna à cabeça, mas também há casos nas públicas (ver em baixo quadro 1)
Apesar de haver «reduzidas perspectivas de recuperação imediata», o Governo mantém esses cursos e argumenta que os relatórios não recomendam o encerramento dos cursos nem das instituições.
Entre as licenciaturas com má avaliação em 2003/2004 e 2004/2005, refere o Diário Económico, as da Moderna aparecem no topo: Em seis cursos dos diferentes pólos da instituição foram detectadas várias irregularidades, num total de 50 «insuficientes».
Por exemplo, a licenciatura de Direito da Moderna do Porto, entretanto adquirida pela Lusófona, é classificada com nota «insuficiente» em oito campos de avaliação e a de Sociologia do Porto e Beja, têm graves deficiências em 11 e 12 pontos, respectivamente.
A nível das universidades privadas a Internacional aparece como a segunda pior (com 30 insuficientes), de acordo com o CNAVES, seguida da Lusófona (12 insuficientes) e depois da Independente (11 insuficientes).
Quanto às instituições públicas, os dados divulgados pelo Diário Económico revelam que o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) merece nota negativa em nove indicadores de dois dos seus cursos.
Mas o que significa uma nota insuficiente? Segundo o CNAVES, corresponde a «graves deficiências, algumas de natureza estrutural, com reduzidas perspectivas de recuperação imediata».
Outro estudo, publicado no Expresso, revela o ranking dos cursos de Engenharia Civil em Portugal. O «ranking» foi elaborado pela Comissão de Avaliação Externa dos Cursos de Engenharia Civil e de Minas, no âmbito do Conselho de Avaliação do Ensino Superior Universitário (CNAVES) e mostra que os cursos da Universidade Moderna e Independente são os dois piores classificados, ambos com nota negativa (ver abaixo o quadro 2).Apesar desta avaliação se referir ao ano-lectivo de 2001-2002 e aos cinco anos precedentes, é a mais recente e só não foi divulgada antes por divergências dentro do CNAVES, pois alguns membros entendem que não deve ser um organismo oficial a hierarquizar os cursos
O «ranking» mostra uma clara supremacia das universidades públicas, estando as quatro privadas estão no fundo da tabela.
Entre os 12 campos avaliados estão o ambiente na escola, a forma de selecção dos candidatos, objectivos e planos de estudos, processo de ensino-aprendizagem, regimes de frequência e avaliação, qualidade do corpo docente, instalações e equipamentos, ou integração dos licenciados no mercado de trabalho.
Do «ranking» resulta uma relação directa entre a nota de entrada dos alunos e a avaliação do curso. Por exemplo, a nota mínima na Moderna e na Independente (média ao longo de seis anos) é de 6 valores. No topo, estão Engenharia do Porto (14,87) e Técnico (14,95).
Quadro 1
Número de graves deficiências registadas nos cursos de diversas Universidades*:
Universidade
Estatuto
Número total de insuficientes
Número total de insuficientes
Moderna
Privada
50
Internacional
Privada
30
Lusófona
Privada
12
Independente
Privada
11
ISCSP
Pública
9
IS Miguel Torga
Privada
8
Autónoma
Privada
6
Lusíada
Privada
5
Nova de Lisboa
Pública
5
*Dados do CNAVES, publicados no Diário Económico em 24/04/2007. As deficiências referem-se a organização institucional, alunos, corpo docente, instalações, relações externas, gestão de qualidade, empregabilidade, sustentabilidade e investigação.
Quadro 2
Privada
50
Internacional
Privada
30
Lusófona
Privada
12
Independente
Privada
11
ISCSP
Pública
9
IS Miguel Torga
Privada
8
Autónoma
Privada
6
Lusíada
Privada
5
Nova de Lisboa
Pública
5
*Dados do CNAVES, publicados no Diário Económico em 24/04/2007. As deficiências referem-se a organização institucional, alunos, corpo docente, instalações, relações externas, gestão de qualidade, empregabilidade, sustentabilidade e investigação.
Quadro 2
Ranking dos cursos de Engenharia Civil*
Instituição
Média geral
Média geral
Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto
4,52
Instituto Superior Técnico
4,51
Força Aérea
4,23
Engenharia do território do Instituto Superior Técnico
4,20
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
4,18
Academia Militar
4,11
Universidade de Coimbra
4,11
Universidade do Minho
3,90
Universidade da Beira Interior
3,83
Universidade de Aveiro
3,62
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
3,54
Universidade dos Açores
3,38
Universidade Fernando Pessoa
3,02
Universidade Lusófona
2,91
Universidade Independente
2,37
Universidade Moderna
2,19
4,52
Instituto Superior Técnico
4,51
Força Aérea
4,23
Engenharia do território do Instituto Superior Técnico
4,20
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa
4,18
Academia Militar
4,11
Universidade de Coimbra
4,11
Universidade do Minho
3,90
Universidade da Beira Interior
3,83
Universidade de Aveiro
3,62
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
3,54
Universidade dos Açores
3,38
Universidade Fernando Pessoa
3,02
Universidade Lusófona
2,91
Universidade Independente
2,37
Universidade Moderna
2,19
Menor que 2,5: Insatisfatório 2,5 a 3,25: satisfatório 3,25 a 4: muito satisfatório Maior que 4: excelente
Expresso (02-05-2007)
Expresso (02-05-2007)