Das aulas, dos programas e da crítica
(Explicação de ordem geográfica: Porque 1) a resposta que dou se refere a um post extenso que abaixo se publicou e do qual sou alvo primeiro e 2) a minha resposta é igualmente extensa – algumas vezes é inevitável! – e merece visibilidade idêntica à da crítica, pareceu-me aceitável colocá-la como post e não como comentário.)
Não, não andava sem Internet ou distraída. Pensei que, e pela ordem natural das coisas pessoais/profissionais, o primeiro sítio onde as críticas que a mim são dirigidas deveriam ser abordadas seria a nossa sala de aula. Assim foi. Ontem a conversa pôs-se em dia e os esclarecimentos – de parte a parte – foram partilhados e gosto de pensar que os equívocos dissolveram-se e o ambiente voltou ao que queremos que seja: de respeito pela diversidade, de diálogo, de discussão e de elevação intelectual.
Também não decidi deixar aqui o meu comentário para relatar ou voltar às explicações de ontem. Os diálogos são acontecimentos irrepetíveis (acrescentaria eu: felizmente). Também não é para que os ausentes se actualizem. Quem não está, estivesse. Mas sendo este um lugar público e tendo, inclusivamente, chamado a atenção de – bem-vindos – outros, alguns assuntos importantes aqui abordados merecem a minha atenção. São eles:
1) As instituições têm falhas de comunicação interna, que não são infalíveis já sabemos. Por isso a importância de nunca menosprezar a passagem de informação entre pares, por muito insignificante que pareça;
2) Sobre pagamentos de serviços e outros assuntos próximos. Reforço o que já foi dito aqui por outro colaborador deste blog: estamos aqui para trabalhar a sério e não esperem falta de rigor lá porque o ensino é privado. Faz-se, está-se, trabalha-se, desenvolvem-se capacidades, crescemos e ajudamos a que cresçam os que estão à nossa volta... sobre isto é que se avaliam os alunos num final de semestre. Nada mais, nada menos;
3) Quem me conhece e comigo divide o espaço bissemanal das aulas sabe o que são as minhas teoria e praxis como docente: as aulas são acontecimentos divididos na responsabilidade de trabalhar, na liberdade de pensar e transmitir aos outros o que se pensa, na maturidade de aceitar contra-propostas e saber mudar de ideias se isso se justificar. Coloco-me ao nível dos alunos nesta equipa de trabalho que formamos. Não me perco mais a qualificar o que se passa nas minhas aulas porque quem está nelas presente sabe de que falo. Quem não está, e sem ironia, está convidado a aparecer e participar nas nossas discussões. O tal programa da tal disciplina – só aparentemente – polémico foi sujeito a esta mesma lei: “o que vos parece, caríssimos?” e o que pareceu ao colectivo na altura da discussão: “muito bem, aceitamos o desafio, venha ele!”. Aqui confesso-me: posição esta que me encheu de orgulho, por saber que o caminho escolhido não é o mais fácil mas que a confiança que estes meus alunos têm em mim e neles próprios lhes dá vontade de arriscar;
4) Termino falando da(s) responsabilidade(s). Sabem os que me conhecem que peço – com muita veemência – que sejam responsáveis perante o nosso colectivo. Por isso não ter acontecido surgiu a nuvem que pairou por cima da semana das praxes. Por isso ter vindo ao de cima também se dissolveu a dita nuvem. A prática de uma crítica responsável é, em última análise, o que aspiro a que desenvolvamos nas aulas. Isto desenvolve-se agindo, estando e discutindo, ouvindo e parando para pensar no que se ouve. A responsabilidade é acção. Não é notícia de jornal, não se compra em diferido.
Fecho, da minha parte, esta falsa polémica. O que se constrói de equívocos não é polémico, é disfunção comunicacional. Lá (no anfiteatro 1) como cá continuo a trabalhar por estas coisas que acredito e disponível (SEMPRE!) para ser mais um lado no diálogo que nos faz estarmos vivos.
Não, não andava sem Internet ou distraída. Pensei que, e pela ordem natural das coisas pessoais/profissionais, o primeiro sítio onde as críticas que a mim são dirigidas deveriam ser abordadas seria a nossa sala de aula. Assim foi. Ontem a conversa pôs-se em dia e os esclarecimentos – de parte a parte – foram partilhados e gosto de pensar que os equívocos dissolveram-se e o ambiente voltou ao que queremos que seja: de respeito pela diversidade, de diálogo, de discussão e de elevação intelectual.
Também não decidi deixar aqui o meu comentário para relatar ou voltar às explicações de ontem. Os diálogos são acontecimentos irrepetíveis (acrescentaria eu: felizmente). Também não é para que os ausentes se actualizem. Quem não está, estivesse. Mas sendo este um lugar público e tendo, inclusivamente, chamado a atenção de – bem-vindos – outros, alguns assuntos importantes aqui abordados merecem a minha atenção. São eles:
1) As instituições têm falhas de comunicação interna, que não são infalíveis já sabemos. Por isso a importância de nunca menosprezar a passagem de informação entre pares, por muito insignificante que pareça;
2) Sobre pagamentos de serviços e outros assuntos próximos. Reforço o que já foi dito aqui por outro colaborador deste blog: estamos aqui para trabalhar a sério e não esperem falta de rigor lá porque o ensino é privado. Faz-se, está-se, trabalha-se, desenvolvem-se capacidades, crescemos e ajudamos a que cresçam os que estão à nossa volta... sobre isto é que se avaliam os alunos num final de semestre. Nada mais, nada menos;
3) Quem me conhece e comigo divide o espaço bissemanal das aulas sabe o que são as minhas teoria e praxis como docente: as aulas são acontecimentos divididos na responsabilidade de trabalhar, na liberdade de pensar e transmitir aos outros o que se pensa, na maturidade de aceitar contra-propostas e saber mudar de ideias se isso se justificar. Coloco-me ao nível dos alunos nesta equipa de trabalho que formamos. Não me perco mais a qualificar o que se passa nas minhas aulas porque quem está nelas presente sabe de que falo. Quem não está, e sem ironia, está convidado a aparecer e participar nas nossas discussões. O tal programa da tal disciplina – só aparentemente – polémico foi sujeito a esta mesma lei: “o que vos parece, caríssimos?” e o que pareceu ao colectivo na altura da discussão: “muito bem, aceitamos o desafio, venha ele!”. Aqui confesso-me: posição esta que me encheu de orgulho, por saber que o caminho escolhido não é o mais fácil mas que a confiança que estes meus alunos têm em mim e neles próprios lhes dá vontade de arriscar;
4) Termino falando da(s) responsabilidade(s). Sabem os que me conhecem que peço – com muita veemência – que sejam responsáveis perante o nosso colectivo. Por isso não ter acontecido surgiu a nuvem que pairou por cima da semana das praxes. Por isso ter vindo ao de cima também se dissolveu a dita nuvem. A prática de uma crítica responsável é, em última análise, o que aspiro a que desenvolvamos nas aulas. Isto desenvolve-se agindo, estando e discutindo, ouvindo e parando para pensar no que se ouve. A responsabilidade é acção. Não é notícia de jornal, não se compra em diferido.
Fecho, da minha parte, esta falsa polémica. O que se constrói de equívocos não é polémico, é disfunção comunicacional. Lá (no anfiteatro 1) como cá continuo a trabalhar por estas coisas que acredito e disponível (SEMPRE!) para ser mais um lado no diálogo que nos faz estarmos vivos.
16/11/06 02:57
Este 0 nos comentários estava-me a fazer alguma comichão... professora, em relação á sua escrita a minha leva vantagem, é um pouco rudimentar mas tambem é muito mais façil de ler, tive de ler 3 ou 4 vezes para continuar a ter dificuldades em perceber a codificação.
Quanto ao assunto pouco mais posso escrever, devo ter batido o meu recorde pessoal.
Mas tenho uma reprimenda para si, o seu post teria sempre visiblidade identica á da critica como a outro post qualquer, e se estivesse no seu devido lugar (nos comentários) faria mais sentido, foi assim que todos os que cumprem as regras de organização do blog fizeram... ai ai ai ai ai... de castigo vou propor á minha outra familia... TUNA ACADÉMICA DA UNIVERSIDADE MODERNA DE SETÚBAL, uma serenata só para si... mas talvez possa demorar visto que ainda não "domei" o Bandolim, mas é certo que é um risco, a professora pode vir a gostar e tornar-se presença efectiva no magnifico "circo" da semana académica...
Saudações circenses
16/11/06 09:43
Caro Zé Maria
Só a mim posso recriminar por acreditar, pois o tolo aprende à sua custa. Só me resta aprender a lição, não voltar a ser tolo e tentar lembrar o ditado: “A ignorância é sempre atrevida, a sabedoria, em geral, modesta”.
16/11/06 14:06
Professor Spencer não percebi!!!