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Arq Moderna 2005
Blog da Turma 2005 de Arquitectura da Universidade Moderna de Setúbal

Língua Afiada 2


Olá a todos, esta semana vou tocar no tema do Aborto e muito honestamente não consigo quantificar ou até em alguns pontos, identificar o que vai mal e o que vai bem, para mim vai é uma grande confusão…
Pois é, está já marcado a data do 2º referendo sobre o aborto, 11 de Fevereiro e a pergunta é a seguinte: Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas dez primeiras semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?
Há 8 anos atrás não consegui formar opinião, e agora acho que pouco ou nada mudou, para mim é claro, porque na sociedade surgiram uma quantidade incrível de novos movimentos a favor do SIM, e o que mais me incomoda é que este tema tornou-se numa campanha muito pouco fundamentada, e a meu ver exageradamente feminista, onde o que mais querem mostrar é a perseguição que e feita ás mulheres, ás condições em que são feitos os abortos ilegais, que é um direito da mulher, bla bla bla… e tudo isto irrita-me profundamente, irrita-me a maneira simples e descomplexada de tratar um assunto, tão, mas tão, delicado e sério…
Como acho que a inclinação para o SIM é esmagadoramente superior à de 8 anos atrás, venho assim questionar essa inclinação com argumentos,
Para mim, começa pela própria pergunta que está mal, porque? Porque interrupção significa suspender, pausar, e isso é possível numa gravidez? interromper para depois continuar? Não me parece… não dessa vez…
Opção da mulher? (Delicado este ponto,) com certeza que sim, mas a palavra opção neste assunto é tão estranha… e porque não uma opção partilhada com o outro progenitor envolvido “nos trabalhos”, não seria mais justo? É certo que o corpo é da mulher, mas também é certo que foi “abençoada” com o dom da maternidade, coisa que o homem não foi… a palavra opção continua-me a soar estranha…
10 semanas? Isso são 2 meses e meio, quem é que marca a linha da vida? Então até ás 2 semanas não há problema mas ás 10 semanas e um dia já é considerado uma vida? Quem é que se julga no direito de delimitar ? toda a gente sabe que os avanços na ciência tem sido enormes e até já se sabe o sexo do “ “ ( desculpem-me, mas não sei que nome é posso dar) ás 8 semanas… incrível, não?
Estabelecimentos de saúde legalmente autorizado? Esta parte soa-me a anedota! Não é de certeza no sistema público de saúde, não tou a ver a senhora a ficar numa lista de espera de 2 anos ( sim, é esse o tempo que demora para os outros) , vai sim é para uma clínica privada, grande negócio que por ai vem, não para essas mulheres, nem para mim contribuinte…
Eu continuo na mesma, o assunto merece mais respeito, e agora numa opinião muito pessoal, acho que se “atacou” este problema pelo fim, se na lei já se autoriza o aborto quando está em risco a vida da mãe, quando são detectadas más formações no Feto ou por violação da mulher, o que é que sobra? Quanto a mim só o mau planeamento, a contracepção tardia e mais não sei… o que faltará não é uma maior educação dos jovens? É que é muito triste saber que ainda existe muito boa gente que não usa o preservativo, ou porque não gosta, ou porque pensa que uma vez não faz mal, ou porque isso é para os outros, e depois existem os outros casos, por exemplo o preservativo rompe e não fazem nada, porque tem vergonha de ir ao posto médico, tem medo dos pais (estes, provavelmente os mais “mal educados”) e pensem lá bem se isto não é o centro do problema.
Talvez seja a favor do NÃO, talvez porque tenha tido uma educação aberta nestas matérias, talvez porque por cá sejamos todos pessoas minimamente formadas para não ter problemas de usar contraceptivos, e por não termos problemas em ir ao hospital mais perto pedir ao ginecologista de serviço uma receita para a Pílula do dia seguinte, talvez por pensar que nos dias de hoje, com toda a informação a que tenho acesso, só engravida quem quer, e isso sim, é uma opção…
Talvez seria mais útil utilizar todo este esforço gerado à volta do referendo para a prevenção e educação da sociedade, e assim com certeza, chegar a um consenso…
Decidir sobre a vida não pode ser uma questão de sim ou não, ninguém tem esse direito, e não me consigo abstrair de que é realmente uma vida que se gera assim que o óvulo é fecundado. A pergunta ser ás 10 semanas ou aos 10 dia ou aos 6 meses, para mim sinceramente, é igual, a evolução será sempre a mesma e se não houver “interrupção” desta evolução natural, aos nove meses teremos uma criança que será igual a mim e a todos vós, e por isso, perdoe-me as mulheres mas o vosso direito ao corpo passa para segundo plano…
Digo NÃO também a todos os que incentivam os outros a se decidirem pelo SIM ou pelo NÃO, não se trata de uma campanha política, e revolta-me ver pins e autocolantes a puxar votos, quem faz isso devia elucidar e tirar dúvidas a quem as tem, isso é que seria o correcto.
Defendo uma votação conscienciosa, e não, que votem porque este partido é do sim ou é do não, ou porque o Goucha é favor e outro qualquer é contra.
Espero não ter ferido a susceptibilidade de ninguém com este texto e quanto ao contador desta semana, vou deixar ao vosso critério porque não tenho capacidades suficientes para quantificar o tema…